AS AVENTURAS DO 8.º A
Temos andado a escrever algumas histórias em que os protagonistas são os alunos da nossa turma. Queremos partilhá-las convosco e lançar-vos um desafio. Que tal escrevermos as histórias em conjunto: uma das turmas faz a introdução e a outra continua-a. Aceitam o desafio?
O Sótão Misterioso
Era Inverno e estava muito frio, a chuva caía fortemente na calçada e o céu azul estava coberto de nuvens escuras.
Às 8 da manhã, os seis amigos do 8º A encontraram-se junto ao portão da escola, para mais um dia de aulas. Conheciam-se desde a infância, pois desde o 1º ciclo que estudavam juntos, numa turma de surdos.
A Josette era a única rapariga do grupo. Ela era a mais ajuizada e inteligente. Todos lhe chamavam a ”Sherlock” feminina, pois estava sempre a querer descobrir novos mistérios. Todos gostavam muito dela e a protegiam, já que era muito simpática e bonita. O Rúben tinha entrado há pouco tempo para a turma e era considerado o novato do grupo. O André era o musicólogo, pois estava sempre a ouvir música. O seu grupo favorito era os Tokio Hotel. Leandro era o “Matemático”, porque, naquele momento, estava “uma barra” a Matemática. OTiago era o “Muralha”, por ser forte e resistente. E, finalmente, o último membro do grupo era o Bernardo, o rezingão da turma, porque estava sempre maldisposto. Além disso, era preguiçoso e gostava pouco de escrever.
Estavam todos à entrada do portão, a conversar sobre o seu fim de semana, quando a campainha tocou para a entrada das aulas.
Dirigiram-se para a sala de aula e, de repente, ouviram barulhos e ruídos vindos de cima. Foram seguindo os barulhos e foram dar a um sótão cheio de pó e teias de aranhas.
Conforme entraram no sótão, as portas fecharam-se como por magia e aí começou a aventura do esquadrão fantástico.
Assim que a porta se fechou, começaram todos a gritar, menos o Tiago, que nos tentava acalmar. O André chorava muito e, com medo, saltou para o colo do Tiago.
No sótão havia sombras que pareciam fantasmas assustadores, havia mesas e cadeira partidas por todo o lado e, ao tentar fugir, o Bernardo tropeçou numa cadeira e caiu.
Assustados tentaram abrir a porta, mas esta não abria porque estava encravada. Então, gritaram em plenos pulmões: “SOCORRO!!!!!!!!!”. Mas, como ninguém os acudiu, gritaram novamente, mas outra vez sem sucesso. Tinham de tomar uma decisão! A Josette sugeriu que arrombassem a porta e foi então que o Tiago, o Bernardo e o Rúben puseram os “pés em acção”. Com um pontapé deitaram a porta abaixo. Assim que a porta caiu, fugimos todos numa correria desalmada para a porta da rua.
E assim terminou a história, com pó e teias de aranha.
Bernardo Jaulino, 8.º A
A SELVA FANTÁSTICA
Naquele dia de Inverno, em que os tinham apanhado o susto das suas curtas vidas, os seis amigos saíram a correr do sótão, muito assustados, mas a pensar que se tinham livrado do pior. Porém, voltaram a cair outra vez, e desta vez num buraco enorme que apareceu à frente da escada que desciam. Estavam com pavor e queriam sair, ou seja, fugir da escola para a rua. Mas também a rua estava diferente, parecia que não a conheciam.
Era tudo verde, como uma floresta enorme, e os automóveis tinham-se transformado em animais reais. Os seis amigos estavam no meio de leões muito grandes, maiores que eles.
Naquela altura, estavam com o triplo de pavor, as suas pernas tremiam que nem varas verdes e nem conseguiam dar um passo para sair daquele lugar. Ficaram petrificados, pareciam estátuas de gelo.
De repente, a floresta enorme desapareceu, como se se tivesse despedaçado.
Depois de tudo isso acontecer… encontrámo-nos a dormir um sono profundo em suas casas, nas suas camas . Teria sido tudo um sonho?
Josette Uriela, 8.º A
Caça ao tesouro
Nas férias do Carnaval, os maravilhosos detectives Tiago, André, Josette, Rúben e Bernardo foram passar um fim-de-semana a casa da avó do Leandro, que se situava em Abrantes, no centro de Portugal.
A avó do Leandro era velhinha, mas muito ágil. Era ela que tratava da horta e da criação sozinha. Mas, naquele fim-de-semana, tinha a ajuda do neto e dos seus amigos. Eles fizeram de tudo: plantaram couves, cenouras, arrancaram ervas daninhas, deram de coelhos, etc. Durante a manhã, trabalharam arduamente à tarde aproveitaram para explorar o sótão.
Quando lá entraram abriram um armário e viram uma grande caixa de madeira, que lhes despertou a curiosidade. Abriram a caixa e depararam com um papel amarelado. Desdobraram-no cuidadosamente e viram um mapa, onde estava assinalada uma cruz. Era um mapa do tesouro! Decidiram logo que tinham de descobrir o tesouro.
Então, à noite, desceram ao porto e viram um barco com uma caveira. Era um barco de piratas, cujo capitão se chamava Jack Sparrows e o segundo-capitão era… o Leandro!
Travaram conhecimento com os piratas e embarcaram, começando assim a aventura da caça ao tesouro.
Navegaram durante 30 dias e 30 noites, até que viram uma ilha. Atracaram o barco, desceram pela escada e começaram à procura do sítio assinalado no mapa. Quando encontraram o local, descobriram um baú que estava coberto de cobras. O capitão tirou a pistola e deu um tiro nas cobras e no cadeado que fechava o baú. Depois, com muito cuidado, abriram a tampa do baú, dentro do qual encontraram ouro e diamantes. Puseram o tesouro dentro de sacos e carregaram-nos para o barco.
Mal embarcaram, iniciaram a viagem de regresso e, passados 30 dias e 30 noites, chegaram à sua cidade. Aportaram e os seis amigos do 8.º A despediram-se dos tripulantes do navio pirata, de quem se tinham tornado amigos. Depois, regressaram a casa da avó do Leandro.
Leandro Assunção, 8.º A